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Inédita no Brasil, ferramenta SMART pode agilizar monitoramento da biodiversidade e impactos ambientais em áreas protegidas do Amazonas

O estado do Amazonas é o primeiro estado brasileiro a adotar oficialmente a ferramenta, permitindo que os monitores comunitários contribuam para a gestão ambiental por meio de atividades em campo

Publicado em: 01/02/2024

Parque Estadual do Matupiri será um dos monitorados pelo sistema SMART. Foto: Michael Dantas/WCS Brasil

O Amazonas é o primeiro estado brasileiro a adotar oficialmente em sua base de coleta e armazenamento de dados ambientais uma ferramenta que une tecnologia, ciência e o conhecimento tradicional para fortalecer o monitoramento da biodiversidade, facilitar a gestão e aumentar a proteção de Unidades de Conservação (UCs). O software SMART já é utilizado em mais de 600 áreas protegidas de 55 países, e está em implementação pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (Sema), com apoio da WCS Brasil e WWF Brasil. A iniciativa permite que monitores comunitários contribuam com a gestão ambiental por meio de atividades em campo. 

Parceira da implementação do projeto, a WCS Brasil formou 24 monitores comunitários em cinco UCs no interflúvio dos rios Purus e Madeira: Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu, RDS Rio Madeira, RDS Rio Amapá, RDS Matupiri e Parque Estadual Matupiri. Estas áreas protegidas são estratégicas para a WCS por integrarem a proposta de criação do Mosaico de Áreas Protegidas no Baixo Rio Madeira. A iniciativa faz parte do projeto Conservando Juntos, em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e a WCS Brasil.

Interface do sistema SMART. Foto: Michael Dantas/WCS Brasil

O SMART (do inglês Spatial Monitoring and Reporting Tool) é um software de código aberto desenvolvido por um coletivo global de agências e organizações de conservação. “A ferramenta SMART tem um poder muito grande para melhorar processos para que os gestores tomem decisões mais rápidas em diversas escalas”, avaliou o diretor da WCS Brasil, Carlos Durigan. 

Após o período de treinamentos, testes e ajustes, a plataforma está passando por um processo de atualização dos modelos de dados e deve integrar-se plenamente à base de dados ambientais da Sema, que pretende ampliar o uso da plataforma das atuais 12 áreas protegidas para todas as 42 unidades de conservação estaduais. “O Projeto de implantação do sistema SMART vem como um aliado na gestão das Unidades de Conservação Estaduais. A análise automática das informações vai auxiliar o Estado, em especial, na formulação de melhores estratégias de conservação e de combate à pressão e ameaças dentro das áreas protegidas, subsidiando tanto ações de gestão, fiscalização, atividades de educação ambiental, além de políticas públicas voltadas às populações tradicionais”, ressaltou o secretário estadual de Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira. 

Texto adaptado do original gentilmente cedido pela comunicação da WCS Brasil. 

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