Seguindo a tendência do mês anterior, maio de 2021 foi um mês de vários recordes de desmatamento nas regiões monitoradas pelo OBR-319

Tanto a Amazônia Legal, como o estado do Amazonas, Rondônia e os municípios da BR-319 apresentaram aumento do desmatamento em relação a maio de 2020. Os números foram de 70%, 61%, 101% e 77% respectivamente. Os valores foram os maiores dos últimos 12 anos. O Amazonas foi o 2º estado que mais contribuiu com o desmatamento na Amazônia Legal nesse mês (23%) e Rondônia o 4º (12%).

Lábrea foi o líder de desmatamento entre os municípios da BR-319 em maio e, com Porto Velho (RO), figurou entre os 10 que mais desmataram entre todos da Amazônia Legal. Os dois ficaram, respectivamente, em 2º e 5º lugares no ranking. Dez municípios da BR-319 apresentaram aumento no desmatamento em relação a maio 2020, e oito deles bateram recorde da série histórica (ver municípios com asterisco na tabela). Os destaques do mês são Tapauá, que apresentou um aumento de 3.369% em relação ao ano anterior; e Careiro, que apresentou desmatamento zero.

Áreas Protegidas

Treze Unidades de Conservação (UC) e sete Terras Indígenas (TI) apresentaram desmatamento em maio de 2021. Entre as UCs, destacam-se as Florestas Nacionais (Flonas) do Bom Futuro e de Balata-Tufari, que aparecem em 8ºe 10º lugares, respectivamente, no ranking das UCs com mais registros de desmatamento na Amazônia Legal. Entre as TIs, é importante destacar a TI Karipuna, que aparece em 6º lugar entre as que mais desmataram da Amazônia Legal. Essa TI faz fronteira com a área que foi excluída do Parque Estadual Guajará-Mirim, e se tornará um ponto de atenção do nosso monitoramento. Para mais informações sobre o desmatamento das Áreas Protegidas em maio de 2021, clique aqui.

As informações de desmatamento foram adquiridas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens SAR da missão Sentinel-1 (https://imazongeo.org.br/#/). No mapa, estão representadas em pontos as localizações das áreas em que houve desmatamento.