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Desmatamento

Monitoramento de desmatamento na região de influência da BR-319 – Março de 2021

Março de 2021 foi o mês de março recordista em desmatamento na Amazônia nos últimos 10 anos.

Nosso banco de dados, cujo monitoramento inicia em 2010, vai além: seguindo a mesma tendência, tanto a Amazônia Legal quanto o Amazonas, Rondônia e os municípios da BR-319 apresentaram recorde nas taxas de desmatamento para o mês nos últimos 12 anos. Foram respectivamente 81.085 hectares (ha), 9.913 ha, 9.289 ha e 5.377 ha. O aumento em relação a 2020 foi expressivo: 219% de aumento na Amazônia Legal, 25% no Amazonas, 266% em Rondônia e 49% nos municípios da BR-319.

Oito, dos 13 municípios monitorados, apresentaram aumento no desmatamento (os valores podem ser vistos na tabela) e também registraram recordes para março nos últimos 12 anos. Destacam-se: Lábrea, 8º lugar no ranking dos 10 municípios que mais desmataram em toda Amazônia Legal, e Borba, que apresentou o maior aumento em relação a março de 2020, dentre os 13 municípios: 3.389%.

Áreas Protegidas

Dez Unidades de Conservação (UC) e quatro Terras Indígenas (TI) apresentaram desmatamento em março de 2021. Entre as UCs, sete bateram o recorde para março dos últimos 12 anos: Parna dos Campos Amazônicos, APA da ME do Rio Negro – Setor Tarumã-Açu/Tarumã Mirim, FES Tapauá, Flona do Aripuanã, APA da ME do Rio Negro – Setor Aturiá/Apuauzinho, Flona de Humaitá e Flona do Iquiri. Para as últimas cinco, esses também foram os primeiros registros de desmatamento para o mês na história. Destaque para a Resex Jaci-Paraná, a 9ª UC mais desmatada na Amazônia Legal, com perda de 88 ha.

Na mesma esteira, as TIs Karipuna, Murutinga/Tracajá, Apurinã (km 124 BR-317) e Kaxarari bateram recorde de desmatamento para março dos últimos 12 anos. Para as duas últimas, esses também foram os primeiros registros de desmatamento para o mês. A TI Karipuna foi a 8ª mais desmatada da Amazônia Legal no período.

As informações de desmatamento foram adquiridas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens SAR da missão Sentinel-1 (https://imazongeo.org.br/#/). No mapa, estão representadas em pontos as localizações das áreas em que houve desmatamento.

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