Em março de 2019, foram detectados 6.650 hectares desmatados na Amazônia Legal, 29% a menos em relação a fevereiro desse mesmo ano. Segundo o Boletim de desmatamento da Amazônia Legal do Imazon, em março, o desmatamento ocorreu no Mato Grosso (37%), Roraima (21%), Amazonas (18%), Rondônia (18%), Pará (4%) e Acre (2%). Apesar da queda apresentada para a Amazônia Legal em março, se comparado ao mês anterior, os Estados e municípios analisados nesse monitoramento registraram alta no desmatamento em relação a fevereiro.

O Estado do Amazonas apresentou 1.120 hectares de perda florestal em março, 40% a mais do detectado em fevereiro. Rondônia apresentou 1.189 hectares desmatados em março, 31% a mais se comparado a fevereiro. Os 13 municípios da BR-319 apresentaram 552 hectares desmatados em março, 22% a mais se comparado a fevereiro de 2019.

Dos 13 municípios analisados nesse monitoramento, Lábrea foi o que mais desmatou em março (174 hectares), seguido por Manicoré (150 ha), Porto Velho (97 ha), Careiro da Várzea (76 ha), Humaitá (47 ha), Tapauá (3 ha) e Manaus (3 ha). Autazes, Beruri, Borba, Canutama, Careiro e Manaquiri não apresentaram áreas desmatadas no mês de março de 2019.

Áreas Protegidas nos municípios sob influência da BR-319

Das 44 Unidades de Conservação (UC) analisadas, apenas a Reserva Extrativista Jaci-Paraná, pertencente aos municípios de Buritis (RO), Nova Mamoré (RO) e Porto Velho (RO), apresentou desmatamento em seu interior, com 31 hectares desmatados em março.

Em relação às 69 Terras Indígenas (TI) analisadas, apenas a TI Karipuna, dos municípios Nova Mamoré (RO) e Porto Velho (RO), foi alvo de desmatamento em seu interior, com 6 hectares de área degradada detectados em março de 2019.

As informações de desmatamento foram adquiridas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens SAR da missão Sentinel-1 (https://imazongeo.org.br/#/). No mapa, estão representadas em pontos as localizações das áreas em que houve desmatamento.