Monitoramentos

Focos de Calor

Monitoramento de focos de calor na região de influência da BR-319 – Junho de 2020

O início de julho foi marcado pela notícia de que os focos de calor detectados no bioma Amazônia em junho foram os maiores para o mês nos últimos 13 anos, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe. Em 16 de julho, 15 dias após a divulgação dos dados do Inpe, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) um decreto do governo federal que proíbe queimadas nos biomas Amazônia e Pantanal, por um período de quatro meses. Isso reforça a importância dos monitoramentos para o fomento de ações governamentais que visam o controle das queimadas e desmatamento nos biomas brasileiros. 

Nesse informativo, trazemos dados do monitoramento dos focos de calor e desmatamento na Amazônia Legal e não no bioma Amazônia. A Amazônia Legal abrange todo o bioma Amazônia no Brasil, além de 20% do bioma Cerrado e parte do Pantanal matogrossense. 

Em junho de 2020 foram detectados 4.596 focos de calor em toda a Amazônia Legal, um aumento de 156% se comparado ao mês anterior, que apresentou 1.798 focos. No estado do Amazonas foram detectados 122 focos de calor e, em Rondônia, 138. Esses valores representam um aumento expressivo no número de focos de calor em relação ao mês de maio, de 713% e 138% respectivamente. Os 13 municípios da BR-319 seguiram a mesma tendência de aumento em relação ao mês de maio, quando apresentou 16 focos de calor. 

Nesse mês, foram detectados 71 focos nesses municípios, representando um aumento de 344%. Dentre os 13 municípios sob influência da BR-319, Porto Velho foi o que apresentou o maior número de focos de calor (20 focos), seguido por Manicoré (12), Borba (7) e Maquiri (7). Beruri, Manaus e Tapauá apresentaram somente um foco de calor e Careiro da Várzea não apresentou focos de calor no mês de junho.

Focos de calor em Áreas Protegidas dos municípios sob influência da BR-319 

Das 42 unidades de conservação monitoradas, quatro (10%) apresentaram focos de calor em seu território: Parque Nacional dos Campos Amazônicos (oito focos), localizada nos municípios de Humaitá (AM), Manicoré (AM), Novo Aripuanã (AM), Colniza (MT) e Machadinho D’Oeste (RO); Parque Nacional Mapinguari (três focos), em Canutama (AM), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO); Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande (um foco), em Manicoré; e Área de Proteção Ambiental da Margem Esquerda do Rio Negro – Setor Aturiá/Apuauzinho, em Manaus (AM), Novo Airão (AM) e Presidente Figueiredo (AM), também com um foco de calor. 

Em relação às Terras Indígenas, três, das 69 TIs monitoradas (4%), apresentaram focos de calor em seu território: TI Tenharim/ Marmelos (cinco focos), localizada nos municípios de Humaitá e Manicoré; TI Coatá-Laranjal (três focos), de Borba (AM) e TI Cuia (um foco), em Autazes (AM).

Os dados de focos de calor apresentados nesse Boletim foram adquiridos do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (www.inpe.br/ queimadas/bdqueimadas).

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