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Desmatamento

Monitoramento de desmatamento na região de influência da BR-319 – Abril de 2019 a Maio de 2020

Nessa edição de retorno do Informativo do Observatório da BR-319, analisamos os dados de focos de calor e desmatamento do período de abril de 2019 a maio de 2020, de 13 municípios sob influência da BR-319: Autazes, Beruri, Borba, Canutama, Careiro, Careiro da Várzea, Humaitá, Lábrea, Manaquiri, Manaus, Manicoré, Porto Velho e Tapauá, em 42 unidades de conservação e 69 Terras Indígenas. Nas próximas edições, os monitoramentos voltarão a ser realizados com dados mensais de focos de calor e desmatamento.

De abril de 2019 a maio de 2020, 776.867 mil hectares de floresta foram perdidos na Amazônia Legal. O estado do Amazonas contribuiu com 18% desse total (140.688 mil hectares) e, Rondônia, com 14% (105.518 mil hectares). O desmatamento nos 13 municípios sob influência da BR-319 representou 13% (101.205 mil hectares) do que foi desmatado em toda Amazônia Legal naquele período.

Dos 13 municípios analisados nesse monitoramento, Lábrea (AM) foi o que apresentou o maior desmatamento nos últimos 14 meses, com uma perda florestal de 37.063 hectares, seguido por Porto Velho (RO), com 34.678 hectares desmatados. Os municípios que menos desmataram nesse período foram Careiro (AM) (230 hectares), Beruri (AM) (221 hectares) e Manaquiri (AM) (103 hectares).

De abril de 2019 a maio de 2020, o desmatamento nos 13 municípios analisados não ocorreu de forma homogênea. Desde abril de 2019, início do monitoramento, ele apresentou uma tendência de aumento, culminando em julho de 2019, com 21.448 mil hectares de perda florestal. A partir de então, o desmatamento decresceu até fevereiro de 2020, mês com menor registro (391 hectares), mas desde março deste ano, a curva do desmatamento na região continua em ascendência.

Áreas Protegidas nos municípios sob influência da BR-319

Das 42 unidades de conservação (UCs) monitoradas nos 14 meses de análise, 32 (ou 76%) apresentaram desmatamento em seu território. A UC que mais desmatou foi a Reserva Extrativista Jaci-Paraná, localizada nos municípios de Buritis, Nova Mamoré e Porto Velho, em Rondônia, com 7.800 hectares desmatados, seguida pela Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho, com 1.338 hectares de perda florestal.

Em relação às Terras Indígenas (TIs), das 69 analisadas, 38 (ou 55%) apresentaram desmatamento no interior de seu território. Entre elas, a TI Karipuna, localizada nos municípios de Nova Mamoré e Porto Velho, em Rondônia, registrou a maior área desmatada: 882 hectares, seguida pela TI Deni, localizada nos municípios de Lábrea, Pauni, Tapauá e Itamarati, no Amazonas, com 94 hectares desmatados.

As informações de desmatamento foram adquiridas do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que utiliza imagens SAR da missão Sentinel-1 (https://imazongeo.org.br/#/). No mapa, estão representadas em pontos as localizações das áreas em que houve desmatamento.

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